VIANNA SEGUROS
Notícias | 6 de agosto de 2025 | Fonte: CQCS | Livia Alves com informações do Valor Econômico
O setor segurador pagou R$ 110,9 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios nos primeiros cinco meses do ano, volume 11,5% maior que o registrado no mesmo período de 2024, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). Os dados, divulgados nesta segunda-feira, são os mais recentes do setor e foram reportados pelo jornal Valor Econômico.
Conforme a entidade, a marca dos R$ 100 bilhões foi atingida com um mês de antecedência em relação ao ano passado. Os números não consideram o setor de saúde.
Somente em maio, foram pagos R$ 22,2 bilhões, o maior valor mensal deste ano. Ainda assim, houve recuo de 2,2% frente ao mesmo mês de 2024, que havia registrado o segundo maior valor nominal de toda a série histórica (R$ 22,7 bilhões) por causa do início dos pagamentos das indenizações referentes às enchentes no Rio Grande do Sul.
No lado da arrecadação, o setor somou R$ 176 bilhões em prêmios de seguros, contribuições à previdência aberta e faturamento com títulos de capitalização no acumulado de 2025, com tímido avanço de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Conforme a CNseg, o forte avanço nos pagamentos e o arrefecimento na arrecadação são explicados, sobretudo, pelo desempenho dos planos de previdência aberta, que respondem por cerca de 40% da demanda total do setor.
Nos cinco primeiros meses deste ano, esses planos arrecadaram R$ 72,6 bilhões, queda de 8,4%, ao passo que os pagamentos de resgates e benefícios saltaram 19,1%, alcançando R$ 63,5 bilhões.
Esse movimento conjunto resultou em uma retração de quase R$ 17 bilhões na captação líquida do segmento no ano. Segundo o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, isso se trata de um consumo ponderado por parte dos segurados. “refletindo uma postura mais cautelosa dos consumidores diante de um cenário econômico global ainda incerto e o anúncio do início da incidência do IOF de 5% sobre aportes acima de R$ 300 mil, no restante desse ano, em uma mesma entidade”, disse.
Os demais segmentos apresentaram crescimento no período de janeiro a maio. Os seguros de danos e responsabilidades cresceram 7,8% no período, com R$ 56,7 bilhões arrecadados. Os seguros de pessoas avançaram 8,6%, com R$ 31,5 bilhões em prêmios, enquanto os títulos de capitalização totalizaram quase R$ 14 bilhões até maio, alta de 11,5% sobre o ano anterior.